Saiba como se prevenir da febre Oropouche e como é feito o diagnóstico
A febre Oropouche é uma infecção viral que tem chamado cada vez mais atenção devido ao aumento de casos e por estar se espalhando para novas áreas, impulsionada principalmente por condições ambientais que favorecem o mosquito que transmite o vírus. Mas você sabe o que é e como se proteger?
É por isso que preparamos este material para você. Aqui, você saberá:
- O que é a febre Oropouche;
- Formas de transmissão;
- Sintomas;
- Medidas de prevenção.
Boa leitura.
O que é a febre Oropouche?
A febre Oropouche é uma doença viral causada pelo vírus Oropouche, pertencente à família Peribunyaviridae, que é transmitido principalmente pela picada de mosquitos infectados, como o Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim.
A doença, semelhante à dengue em muitos aspectos, manifesta-se como uma febre aguda que pode causar sintomas debilitantes.
Onde a doença é mais comum
Desde a sua descoberta, na década de 1950, na região amazônica, a febre Oropouche tem sido monitorada devido à sua capacidade de causar surtos em áreas tropicais e subtropicais.
Atualmente, novos casos estão sendo reportados em várias partes do Brasil e de outros países da América Latina. As condições na Amazônia fizeram com que a doença fosse preponderante na região, mas, atualmente, novas cepas do vírus foram detectadas no Sudeste e Centro-Oeste do país. Segundo a Agência Brasil, até agosto de 2024, só cinco estados não tinham registrado nenhum caso da doença: Distrito Federal, Goiás, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul
Esse dado gera preocupações, uma vez que o vetor pode se adaptar a novas condições climáticas e urbanas, ampliando os riscos de transmissão para áreas até então não afetadas.
Formas de transmissão da febre Oropouche
A febre Oropouche é transmitida através da picada de mosquitos infectados. O principal vetor no Brasil é o Culicoides paraensis, um inseto de pequeno porte que se prolifera em áreas úmidas e de vegetação densa — mas que, aos poucos, tem sido encontrado também em áreas perto das cidades.
Além do vetor principal, no entanto, vale destacar que estudos indicam que outros insetos podem atuar na transmissão, o que amplia o desafio para o controle da doença.
Embora a transmissão de pessoa para pessoa não tenha sido comprovada, o risco de surtos localizados é elevado em regiões com grande concentração de mosquitos e infraestrutura sanitária precária. Isso porque esses insetos se infectam ao picar humanos e outros mamíferos já infectados pelo vírus oropouche, e é assim que a doença é propagada.
Principais sintomas
Os sintomas da febre Oropouche surgem de forma aguda, geralmente de 4 a 8 dias após a picada do mosquito infectado. Entre os sinais mais comuns estão:
- Febre alta (acima de 38 °C).
- Dores de cabeça intensas.
- Dores musculares e articulares.
- Náusea e vômito.
- Tontura.
- Fotofobia (sensibilidade à luz).
- Manchas vermelhas na pele (exantema).
Um ponto importante é que a febre Oropuche pode ser confundida com outras viroses, como dengue, zika e chikungunya, devido à semelhança dos sintomas, o que a torna difícil de ser identificada corretamente.
Por isso, o diagnóstico diferencial é essencial para o tratamento adequado, uma vez que complicações como meningite e encefalite podem surgir em casos mais graves.
Principais diferenças da febre Oropouche com outras doenças virais semelhantes
Embora os sintomas da febre Oropouche possam ser confundidos com os de outras doenças virais transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya, há algumas diferenças importantes:
Febre Oropouche
A infecção geralmente tem início mais abrupto e está mais associada a áreas florestais. As complicações neurológicas, como meningite, são mais frequentes na febre Oropouche do que em outras arboviroses.
Dengue
Embora ambas as doenças causem febre alta e dores no corpo, a dengue costuma ser mais comum em áreas urbanas e pode levar a complicações hemorrágicas, como a síndrome do choque da dengue.
Zika
A zika é conhecida por causar sintomas mais leves, em muitos casos, embora tenha graves implicações para gestantes devido ao risco de microcefalia em fetos.
Chikungunya
Caracteriza-se por dores articulares intensas e prolongadas, o que não é tão comum na febre Oropouche.
Medidas de prevenção
A prevenção contra a febre Oropouche é similar a de outras doenças transmitidas por mosquitos. Algumas das principais medidas incluem:
- Uso de repelentes: Repelentes à base de DEET ou icaridina são eficazes na proteção contra picadas de mosquitos.
- Roupas longas: Vestir roupas de manga longa e calças compridas ajuda a reduzir a exposição ao vetor. E vale separar essas roupas se for viajar.
- Proteção com telas nas janelas e mosquiteiros: Instalar telas em portas e janelas e dormir sob mosquiteiros é uma estratégia eficaz, principalmente em áreas endêmicas.
- Eliminação de criadouros: Evitar o acúmulo de água parada é essencial para reduzir a proliferação de mosquitos.
Diagnóstico
O diagnóstico da febre Oropouche é feito por meio de exames laboratoriais, sendo o RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase via Transcriptase Reversa) o método mais utilizado para identificar a presença do vírus no organismo. Em áreas endêmicas, a vigilância ativa é fundamental para o diagnóstico precoce e o controle da disseminação.
A febre Oropouche é uma doença emergente que requer atenção, principalmente, em áreas tropicais e florestais. A melhor forma de prevenção é a proteção contra picadas de mosquitos e a conscientização sobre os riscos em áreas afetadas. Ao perceber sintomas após viagem para áreas de risco, é essencial procurar atendimento médico e realizar os exames adequados.
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Até a próxima!