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Conheça as medidas para evitar a trombose venosa em viagens

A trombose venosa é uma condição séria que pode afetar muitos viajantes. Isso porque ela pode desencadear quadros clínicos preocupantes, como a embolia pulmonar e a síndrome pós-flebítica, que nada mais é do que uma insuficiência venosa. Em dados de 2022 da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, foi detectado que 113 brasileiros são internados, por dia, na rede pública por causa dessa formação de coágulo.

O número expressivo mostra a importância dos exames de rotina, do autocuidado e da prevenção em relação à doença. Isso porque iniciativas simples são capazes de impedir o desenvolvimento da trombose venosa, que costuma acometer pessoas submetidas a longos períodos de imobilidade, seja em hospitais ou viagens, por exemplo.

Para esclarecer qualquer dúvida, o artigo de hoje vai explicar:

  • O que é trombose venosa.
  • Causas.
  • Sintomas.
  • Tratamentos.
  • Formas de prevenção.

Boa leitura!

O que é trombose venosa

A dor na perna é um dos sinais da trombose venosa

A dor na perna é um dos sinais da trombose venosa

A trombose venosa profunda (TVP) consiste na formação repentina de coágulos no interior das veias principais, obstruindo a passagem do sangue. Trata-se de uma enfermidade cardiovascular potencialmente grave, que pode gerar problemas sérios a curto e longo prazo.

Em cerca de 90% dos casos, as veias acometidas são as das pernas, principalmente as das panturrilhas — conhecidas popularmente como “batatas da perna”. No entanto, os trombos também podem ocorrer nas coxas e nos membros superiores. Dor e inchaço costumam se fazer presentes.

A trombose venosa também é conhecida como flebite ou tromboflebite profunda. De acordo com a SBACV, a doença atinge aproximadamente 180 mil pessoas por ano no Brasil. Em âmbito mundial, é a terceira maior causa de mortes, ficando atrás apenas do infarto e do acidente vascular cerebral.

Muitas pessoas acreditam que essa doença, assim como o câncer de mama, só acontece com as mulheres, mas isso não é verdade. O sexo feminino apresenta incidência levemente maior na faixa dos 20 aos 40 anos de idade. Contudo, na totalidade, os números são similares em homens e mulheres.

O que causa a trombose venosa

A maior causa da trombose é a imobilidade prolongada. Ou seja, quando a pessoa passa muito tempo na mesma posição. Por isso, a condição é frequente em pacientes hospitalizados, que permanecem em repouso contínuo.

Já nos ambientes fora dos hospitais, a trombose venosa ocorre, principalmente, em situações em que a estagnação sanguínea se acentua nos membros inferiores. Ou seja, quando a pessoa permanece sentada ou de pé por longos períodos, forçando o acúmulo do fluido nas veias das pernas.

Somado a isso, viagens prolongadas, acima de cinco horas, também estão relacionadas à trombose venosa. Isso acontece devido ao favorecimento da imobilidade, que, associada a possíveis fatores de risco do próprio viajante, podem predispor à formação de TVP.

A condição tem relação com a altura do viajante e pode aumentar, a depender do ajuste do assento. Ela se manifesta especialmente:

  • Na região poplítea (atrás dos joelhos), em pessoas abaixo de 1,60 m.
  • Por causa da restrição de movimento, em pessoas com mais de 1,90 m.

Viagens aéreas são mais problemáticas do que as terrestres em virtude do ambiente seco e da baixa pressão atmosférica. Outros fatores que podem favorecer a imobilidade são o uso de sedativos e a ingestão de álcool, uma vez que induzem o sono e evitam a movimentação do passageiro.

Sintomas da trombose venosa

Mulher que toma anticoncepcional com frequência pode ter chances aumentadas de desenvolvimento de trombose venosa

O uso de anticoncepcional de forma prolongada pode ser uma das causas da trombose venosa

O risco de trombose venosa é aumentado em viajantes que apresentam fatores de risco, como:

  • Idade acima dos 40 anos.
  • Obesidade.
  • Doença oncológica.
  • Quem faz uso de anticoncepcionais.
  • Histórico de infarto ou cirurgias recentes.
  • Puérperas.
  • Insuficiência cardíaca.
  • Varizes nas pernas.
  • Quem tem trombofilias ou histórico de trombose.

Embora possa ser assintomática, a trombose venosa profunda tem como sinais mais frequentes:

  • Dor, inchaço e vermelhidão no local afetado.
  • Febre amena.
  • Endurecimento muscular.
  • Pele com tom azulado ou arroxeado.
  • Sensação de rubor.
  • Dilatação das veias superficiais.

Portanto, caso você apresente alguns desses sintomas de trombose venosa profunda, procure ajuda médica o quanto antes. Afinal, o diagnóstico precoce eleva as chances de reversão do quadro e de sucesso do tratamento.

Perigos da trombose venosa

As manifestações da trombose venosa podem ocorrer durante a viagem ou alguns dias após o retorno. Desse modo, a maior complicação em curto prazo é a embolia pulmonar, que surge quando parte ou todo o coágulo se desprende das veias e atinge os vasos do pulmão.

É importante ter em mente que a obstrução das artérias pulmonares é um quadro de ampla gravidade, que pode até ser fatal. Porém, esse alerta vem para conscientizar sobre a importância de se fazer exames com regularidade. Afinal, muitas pessoas viajam e nada acontece. É só uma medida para diminuir as chances de desenvolver qualquer doença atrelada ao quadro.

Em relação a riscos a longo prazo, podemos citar a insuficiência venosa crônica, também conhecida como síndrome pós-flebítica. Esse quadro tem potencial incapacitante e é motivado pela destruição das válvulas internas das veias que transportam o sangue venoso de volta ao coração.

Medidas de prevenção

O uso de roupas confortáveis em vôos pode ser um dos meios de prevenção da trombose venosa

Uma das formas de evitar a trombose venosa em vôos é com o uso de roupas confortáveis quando for fazer viagens longas

Conforme o Ministério da Saúde, é possível reduzir a chance de desenvolvimento da inflamação nas paredes das veias (flebite) com as seguintes iniciativas:

  • Praticar exercícios.
  • Evitar sobrepeso.
  • Não fumar.
  • Consumir álcool moderadamente.

Quanto às viagens, o risco de trombose venosa pode ser amenizado por medidas simples, independentemente do meio de transporte utilizado (avião, carro, ônibus, etc.).

Confira os principais modos de prevenção da doença para passageiros:

  • Não usar roupas e calçados apertados.
  • Não ficar imóvel na poltrona (mudar de posição com frequência).
  • Movimentar ativamente pés e pernas durante o período em que permanecer sentado.
  • Andar sempre que for possível e seguro (a cada uma ou duas horas).
  • Evitar cruzar as pernas (dificulta a circulação do sangue).
  • Beber líquidos, como água e sucos (evita desidratação).
  • Evitar uso de bebidas alcoólicas (podem causar sonolência e desidratação).
  • Evitar uso de sedativos (favorecem a imobilidade devido à sonolência).
  • Dar preferência aos assentos do corredor.
  • Pessoas com fatores de riscos devem procurar aconselhamento médico antes da viagem, uma vez que poderá estar indicado o uso de meias elásticas ou medicamentos (ambos têm contraindicações).

Tratamento da trombose venosa

O diagnóstico da trombose venosa profunda baseia-se nos sintomas apresentados pelo paciente, fatores de risco e exames como ressonância magnética e flebografia, entre outros. O tratamento costuma ser colaborativo entre cardiologistas e angiologistas.

As medidas iniciais incluem repouso e anticoagulação. Via de regra, o objetivo do tratamento é evitar a progressão da trombose e auxiliar o organismo na reabsorção dos coágulos ao longo do tempo. Para isso, são utilizados anticoagulantes, fibrinolíticos e, em casos extremos, intervenção cirúrgica.

Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento contra a trombose venosa, maior a chance de cura sem complicações e sequelas. Nesse sentido, agende agora mesmo seus exames com o Labclass, laboratório de referência em Belo Horizonte, que está de prontidão para realizar seu atendimento em uma estrutura que oferece conforto, com uma equipe que está pronta para dar o melhor tratamento a você e sua família.

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6 de dezembro de 2023 Saúde , , , , , , ,